quarta-feira, 16 de abril de 2014

Copa do mundo pode estar entre motivos para canonização do Padre Anchieta, afirma sociólogo

O padre José de Anchieta, canonizado no começo deste mês pelo Papa Francisco I, é o terceiro santo com laços fortes com o Brasil. O professor de história, Virgílio Arraes, afirma que o número é pequeno para o país que, segundo o último censo do IBGE, tem a maior quantidade de fiéis da Igreja Católica no mundo. O padre também é conhecido como Apóstolo do Brasil por conta do trabalho de catequização dos índios que fez pela Companhia de Jesus, da qual tanto Anchieta quanto o Papa Francisco I fazem parte. Para o professor de história Virgílio Arraes, a canonização do Padre é importante para a representatividade do país dentro da Igreja Católica.
"Ela é importante porque o Brasil é o país de maior número de católicos, nesse sentido se fosse se estabelecer uma proporcionalidade entre o número de fiéis e o número de santos o Brasil estaria em desvantagem."
O Papa Francisco I abriu mão do processo que exige dois milagres comprovados para canonizar o Padre Anchieta. De acordo com o sociólogo Antônio Flávio Testa, entre os motivos para esse processo ter acontecido em ano de Copa podem estar o grande evento de futebol e o fato de o Papa Francisco I ser latino.

"O processo de canonização já vinha em andamento há muito tempo. É claro que agora tem um sentido simbólico muito forte: Copa do mundo no Brasil, o Papa argentino, o maior contingente de católicos do mundo, a crise da igreja católica. Tudo isso ai pode ter, do ponto de vista sociológico, influenciado essa decisão, não obstante toda a burocracia do Vaticano."
O primeiro pedido para a canonização do Padre Anchieta foi realizado depois da morte do jesuíta em 1597. Após a assinatura do decreto pelo Papa Francisco I, os fiéis realizaram uma missa de ação de graças em homenagem ao padre na cidade de Aparecida, em São Paulo.

Fonte: Agencia do Radio
Reportagem, Érica Pierre

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