sexta-feira, 6 de junho de 2014

COPA 2014: Prostitutas estão preparadas para atender turistas durante mundial

A Copa do Mundo deve movimentar na economia brasileira mais de três bilhões de dólares. A expectativa é da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex-Brasil. Sendo assim, vários setores investiram para atender melhor os turistas estrangeiros durante o mundial. Entre eles estão as profissionais do sexo. Em Minas Gerais, por exemplo, as prostitutas estão fazendo cursos de línguas receber melhor os clientes. A profissional do sexo de Belo Horizonte, Laura Maria, conta que não vai ter problemas com o idioma na hora de se comunicar com um cliente estrangeiro durante a Copa. 
"Tem sete meses que eu faço curso de idioma. Aqui nos hoteis, já estão aparecendo alguns estrangeiros. Então, eu acho que saber o básico é interessante. Não é só pela Copa do Mundo. Até por que, eu sempre tive vontade de aprender inglês. Surgiu essa oportunidade, eu aproveitei e estou amando fazer inglês."  
 As prostitutas de Minas Gerais estão investindo além dos cursos de idiomas. De acordo com a Associação das Prostitutas de Minas Gerais, a Aprosmig, as profissionais do sexo recebem orientações psicológicas e de saúde. A coordenadora Geral da Aprosmig, Cida Vieira, explica que entre outros investimentos, as prostitutas vão usar material publicitário editado em várias línguas para facilitar a comunicação com os estrangeiros.
"Como todo mundo vai lucrar na Copa, nós fizemos uma reunião para ver como atender esse público específico. Então nós tivemos a questão do curso de idiomas, vamos lançar também um book para essas prostitutas, para quando elas estiverem com os clientes é só ele abrir e ali vai estar focado a palavra em inglês. Também a questão da prevenção, que junto com a coordenação de saúde dizendo que camisinha não é só DST, mas gravidez indesejada também."
 para quem acha que a publicidade realizada pelas prostitutas vai arranhar a imagem das mulheres brasileiras junto aos estrangeiros, a especialista em Antropologia da Universidade Federal Fluminense, Ana Paula da Silva, faz um alerta. Para ela, a sexualidade da mulher brasileira é vista negativamente no exterior há muito tempo. A especialista em Antropologia ressalta que as associações de prostitutas fazem pelas profissionais do sexo o que o Estado deveria fazer.   
"As associações de prostitutas se organizarem não vai aumentar ou diminuir a imagem da mulher brasileira fora do Brasil. Elas são absolutamente competentes e muito combativas. O governo não fez nada, não está fazendo nada, pelo contrário. O governo com essa campanha associando a prostituição a exploração sexual infantil tem criminalizado ainda mais a prática da prostituição."
 No Brasil, a prostituição não é crime. A atividade é uma ocupação reconhecida pelo ministério do Trabalho, mas só pode ser praticada por adultos. Na Câmara dos Deputados tramita um projeto de Lei para regularizar a prostituição. O projeto prevê, entre outras coisas, que se um cliente não pagar a prostituta pelos serviços prestados pode ser processado por crime de exploração sexual. 

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